terça-feira, 16 de outubro de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
A árvore generosa
Tradução de Miguel Gouveia
Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz
Mas o tempo passou e o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!
Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!
O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "venha brincar!"
"Estou velho para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça seu barco", disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja feliz!"
O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou feliz, mas não muito!
Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe, Menino", disse a Árvore. "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco pra você subir", disse a a Árvore.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe ... "
"Já não quero muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.
Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino fez.
E a Árvore ficou feliz.
Se quiseres saber mais consulta: http://www.slideshare.net/professora1ceb/a-rvore-generosa-7325615
Uma carta especial
Pai Natal feito com caixas, pasta de papel e aproveitamento de diversos materiais |
Josephine Collins / Gail Yerrill
O ratinho Pipo está determinado a ajudá-lo e, para isso, não hesita em percorrer toda a fábrica de brinquedos.
Um livro divertido com muitas cartas para abrir, janelinhas para espreitar e um pop-up surpresa no final.
Não deixes de os ler !
quarta-feira, 18 de julho de 2012
O capuchinho vermelho
Autora e Ilustradora: Louise Rowe.
Editora: Editorial Presença
O Capuchinho Vermelho conta-nos a história da menina que era adorada por todos, que teimava em usar uma capa com um capuz encarnado e que, um dia, desobedece à mãe… O resto terão de ler; são tantas e tão deliciosas as versões desta história, e a deste livro não foge à regra.
(Re) descobre uma das mais conhecidas histórias do imaginário infantil de todos os tempos. Agora numa versão nova e original com maravilhosas ilustrações que saltam das páginas!. Cada página tem uma emocionante e industriosa construção ao mais alto nível, no que se refere à engenharia do papel, que é algo a explorar ao pormenor. Isto dá a histórias toda uma nova dimensão, tornando a leitura uma experiência ainda mais agradável e exuberante. De par em par, abrimos as páginas deste livro e perdemos o fôlego com as paisagens tridimensionais, tudo numa atmosfera muito própria e dramática, criada a partir de delicadas texturas da natureza onde as cores das tardes frias de Outono predominam.
Moldura feita com troncos Imagens da história com aproveitamento de tecidos |
Cenário usado para a dramatização Árvores feitas com bocados de madeira e enfeitadas com imagens em papel |
A árvore das folhas A4
Carles Cano (texto), Carlos Otin (ilustração), Kalandraka (editora)
Árvore feita com velhos troncos enfeitada de poesias elaboradas pelos alunos |
Vem conhecer a história; http://pt.scribd.com/doc/74816870/A-arvore-das-folhas-A4
A árvore das histórias
Uma árvore original!
Construída com fios já velhos e abandonados que entrelaçados vão dando origem a maravilhosas histórias animadas na biblioteca.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
A princesa de Aljustrel
Texto de Patacrúa, a partir de um conto popular europeu Ilustrações de Javier Solchaga Tradução Dora Batalim Sottomayor |
A Princesa de Aljustrel é um conto acumulativo clássico, adaptado no desenlace e na forma de apresentação e que recolhe os elementos mais típicos das séries que aparecem na Europa: gato, cão, pau, lume, água... Com este tipo de contos, as crianças aprendem a ver relações, a estabelecer conexões, generalizações e a prever. Partimos da apresentação da personagem que dá título à obra de um acontecimento narrado através de uma frase breve: “Esta é a pega que roubou o anel da princesa de Aljustrel.”
Javier Solchaga oferece-nos uma especial proposta de ilustração tridimensional, elaborada a partir de elementos reciclados (garrafas, madeira, pedras, arame...). O jogo compositivo e de iluminação com que nos surpreende a fotografia confere um valor acrescido ao livro. O ilustrador apresenta objetos e personagens (anel, pano, pau...) de um ângulo impossível, para que o leitor tente adivinhar o sujeito protagonista da seguinte ação. Texto e imagem complementam-se num conto que revela outros pontos de vista e desperta a imaginação dos mais pequenos.
Eu, resolvi dar vida ao livro criando todas as personagens com os materiais reciclados.
Espero que gostem!
Para saberes mais sobre este maravilhoso conto consulta:
http://catatu.catalivros.org/janela_papel/m_princesa_aljustrel.jpg
Um milhão de beijinhos
Esta é a personagem principal da história feita em tecido. |
"Maria vive no seu mundo alegre, doce e colorido. Certo dia algo acontece…
É urgente modificar o coração do pai. Então, a menina recorre ao seu fabuloso mundo imaginário, na tentativa de encontrar uma solução. Será que vai conseguir?
Era uma vez um mundo lindo e radioso como um sol…
A menina chamava-se Maria e tinha um quarto repleto de brinquedos.
Um armário com muitos vestidos, como as princesas.
E um jardim, onde Maria balançava e voava alto, lado a lado com o seu amigo vento e sonhava…
Um dia houve uma guerra, e o seu mundo tão bonito, perdeu o brilho tornando-se sombrio e triste.
Viviam-se tempos difíceis, e as riquezas de outrora desapareceram.
Apenas o coração de Maria se mantinha alegre, doce e colorido.
O seu jardim, era o espelho do seu coração.
Um dia enquanto por lá passeava, a menina encontrou um pedacito de papel prateado, feito de estrelas e pedaços de céu.
Embrulharia uma caixinha de fósforos, com o papel e ofereceria ao seu pai.
Assim pensou, assim o fez.
Talvez o presente amaciasse o coração do pai, agora, endurecido pela guerra.
Até…, talvez o pai voltasse a sorrir como dantes, pensou a menina.
Mas o pai não ficou nada, satisfeito!
- Não devias ter gasto dinheiro para comprar este papel prateado. Um papel tão especial deve ter custado um dinheirão! Tu não sabes que temos de poupar, para podermos comer?
O pai estava tão zangado, que nem deixou a menina falar.
Abriu a caixa…, a caixa está… VAZIA!
Maria tinha os olhos cheios de lágrimas, as quais lentamente rolavam pelas suas faces.
- Minha filha, tu nunca ouviste dizer, que quando se dá um presente a alguém, deve ter alguma coisa lá dentro?! – disse o pai.
- Mas a caixa não está vazia porque antes de a fechar…
eu soprei lá dentro um milhão de beijinhos!
O coração do pai que era tão pequenino, cresceu, cresceu imenso, tornando-se enorme e colorido.
Foi então a vez, do pai cobrir a menina de beijinhos de todas as cores e feitios.
Abraçaram-se com todo o carinho do mundo, num xi-coração muito apertado.
Tão apertado foi, que os seus corações permaneceram unidos para sempre."Autora e ilustradora: LÉ, Elsa.
A casa da Tita Carochinha
Este Livro tem verniz no seu interior, em algumas partes das ilustrações.
Autora e ilustradora_Mª Carolina Pereira Rosa
Todos conhecem a velha história da Carochinha e do João Ratão, aquele que morreu no caldeirão. Pois esta é uma outra história, em rimas divertidas de uma Carochinha e de um João Ratão dos nossos dias. E tudo vai ser diferente.
Este Livro conta-nos a história da Carochinha e do seu João Ratão. Contada em rima, numa versão um pouco diferente da tradicional história que conhecemos. Muito divertida… espreitem.
Esta é a casa da Tita Carochinha feita com uma caixa de sapatos velha.
Aqui podemos, também, ver as diversas divisões da sua casinha. Tudo construído com materiais de desperdício!
A formiga horripilante
Máscara com jornal e cola. Olhos com esferovite, o nariz é uma cápsula de café, a boca e as antenas são feitas com arame. |
Autor: Liz Pichon
Tradução: Suzana Ramos
Editora: Dina Livro
A história fala-nos de uma formiga muito feia, com os olhos enormes e vesgos, uma cabeça disforme e tremelicante, umas pernas roxas e tortas. Realmente horripilante! Ela pergunta aos amigos porque razão é que terá nascido tão feia, enquanto eles eram engraçados. Tenta então mudar o visual imitando a parte que ela mais gosta de cada um dos seus amigos tornando-se assim uma atraente formiga para ela e para os pássaros também! Ao vê-la tão atraente, um pássaro cai sobre ela em voo picado para a comer, mas nesse momento cai a fantasia e o pássaro assusta-se com a sua imagem tão horripilante e foge sem a comer.
Para conheceres a história abre esta ligação:
http://www.scribd.com/doc/8481849/A-formiga-Horripilante#fullscreen
domingo, 15 de julho de 2012
Um bicho estranho
Olha que ao olhar, olhando, encontrei um bicho estranho. Quase parecia um ovo: gordo em cima, em baixo magro. Tinha no alto os dois pés, entre eles, um longo rabo.....
Livro de pequeno formato que segue a fórmula dos chamados “contos sem fim”. Um conto para contar, onde a rima e o ritmo são fundamentais, a partir de uma estrutura de oito sílabas que se mantém ao longo de toda a história.
3 |
1 |
2 |
Bicho construído em pasta de papel |
Raiz sem medo
Raiz feita com jornal e cola branca |
"A raiz sem medo" é a história da autoria de Maria de Lourdes Soares, numa edição da Editora Paulinas.
Este livro faz parte de uma coleção chamada "Mãos Verdes", da qual fazem parte os livros "A semente sem sono" e "A flor do coração", ilustrados pela Natalina para a mesma autora.
Sinopse
Livro
apresentado em capa dura, com miolo em papel couchet e ilustrado a cores. O seu
conteúdo apresenta a VIDA nas suas várias etapas, através da analogia com a
RAIZ que emerge da semente e irrompe do âmago da terra, manifestando a vida que
contém
Podes encontrar a "Raiz sem medo" na minha biblioteca.
A que sabe esta história?
Trata-se de um livro de Alice Vieira onde as estórias
tradicionais são recontadas à mistura com deliciosas receitas culinárias de
Vitor Sobral. Afinal, o Lobo Mau quer é comer a merenda do Capuchinho Vermelho
(geladinhos de queijo fresco, manga, passas e hortelã); a Branca de Neve decide
abrir um restaurante para os seus amigos 7 anões onde irão servir deliciosas
maçãs reinetas assadas com laranja e canela; a mãe do João Pé de Feijão faz uma
rica saladinha de feijão-frade com gengibre e salsa. Muitas mais estórias e
receitas, num livro para ler e experimentar.
Marcador de livros gigante
Que grande abóbora Mimi!
Abóbora da Mimi |
Esta é a nossa bruxinha |
o caldeirão da bruxa Mimi |
A bruxa Mimi adora abóbora cozinhada de todas as maneiras. Por isso, decide descobrir uma forma de ter sempre abóbora à mão, para preparar os seus pratos preferidos (e do Rogério). Mas, como sempre, as coisas não correm como desejado e a Mimi vê-se a braços com uma abóbora gigante... Como irá ela resolver mais esta embrulhada? Descobre tudo neste livro da Mimi!
Varinha da Mimi |
Saco cheio de receitas |
Se gostaste destas imagens que eu utilizo para contar esta história então requisita o livro ou clica aqui e ficarás a conhecer a bruxa Mimi http://www.slideshare.net/Acilu/que-grand1-7003369
O céu está a cair
Andava uma galinha a esgravatar na terra quando, de repente, pim!- Um
pássaro lhe largou um inesperado presente no alto da cabeça. Que porcaria!
-Cocorocó! – Cacarejava ela, numa aflição.
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha!
Abalou pelos campos fora, com medo que o resto do céu viesse por aí
abaixo, aos trambolhões.
Encontrou um porco, debaixo de uma árvore, a comer bolotas.
- Ron, ron, ron! – Grunhiu ele, admirado.
- Porque foges tu, galinha?
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha!
Temendo que o mesmo lhe sucedesse, o porco foi atrás dela.
Chegaram a um lago onde nadava um pato que, naturalmente, ficou
espantado com aquela correria.
- Quá, quá, quá! Que aconteceu?
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha! – Repetiu a galinha.
Para evitar semelhante desgraça, o pato saiu da água e juntou-se aos
fugitivos.
Foram ter a uma rua onde estava um gato deitado ao sol. Este abriu um
olho, espreguiçou-se e perguntou:
- Miau, miau, miau! Que aconteceu?
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha! – Voltou a explicar a galinha.
O gato ficou com os pêlos todos em pé. Que horror! O melhor era escapar
já dali com os outros três.
Pata aqui, pata acolá, acharam-se num campo onde pastava, despreocupado,
um burro. Este, ao vê-los com tal pressa, ficou preocupado.
- Hihon, hihon, hihon! Que aconteceu?
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha! – Disse a galinha.
O burro, ao olhar para cima, para as nuvens que se acastelavam, teve
medo. Ai, se as nuvens e até o Sol tombavam em cima dele! De certeza que lhe
amachucavam as grandes orelhas…
- Vou com vocês! – Resolveu, desatando a galopar.
Mas a galinha, o porco, o pato e o gato não conseguiam acompanhá-lo.
Nenhum deles tinha jeito para atletismo.
- O melhor é saltarem todos para as minhas costas, ou não nos
despachamos.
O gato deu logo um salto e instalou-se no pescoço do burro. A galinha e
o pato bateram asas, tornaram a bater até que finalmente conseguiram voar até à
garupa. O porco é que não arranjava maneira de subir. Foi preciso o burro
deitar-se para aquele gorducho ser capaz de o montar.
Assim foram galgando montes e vales, atravessando campos e aldeias.
Passaram finalmente diante de uma quinta. De guarda estava um cão, que
logo começou a ladrar.
- Ão, ão, ão! Que aconteceu?
- Caiu um bocado do céu em cima da minha cabecinha! – Contou, outra vez, a galinha.
Que perigo! O cão nas suas andanças, já tinha visto caírem maçãs das
árvores, caírem bolas atiradas por miúdos, caírem perdizes em pleno voo,
atingidas pelos tiros dos caçadores. Mas bocados do céu…
- Vamos esconder-nos debaixo da cama da minha dona. – Propôs ele.
- Aí estamos bem protegidos.
Assim fizeram. Como a cama era alta, enfiaram-se por baixo da colcha e
adormeceram.
À meia-noite veio a velha senhora deitar-se. Ela bem queria dormir mas
as pulgas do cão tanto lhe picavam que a desgraçada não tinha descanso. A
coçar-se, às voltas, reviravoltas, acordou a bicharada.
Que grande barafunda! Na escuridão, todos se atropelavam, numa
algazarra. Sempre teria caído o céu?
A galinha cacarejava,
O porco roncava,
O gato miava,
O burro zurrava,
O cão ladrava,
A velha gritava:
- Que grande confusão,
Os bichos nascem do chão
Debaixo do meu colchão!
Luísa Ducla Soares – Contos
para rir – Editora Civilização
Desenhos elaborados por alguns alunos da escola onde estou a trabalhar.
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